no dorso das asas
serenas da noite
sedosas luvas de carne
infringem códigos
tornam-se válvulas vazias de frio
e cavalgam muralhas...
Escultural devaneio
Retalho o senso encostada à divagação e entrelaço a sombra no capuz da erótica melodia , do sempre que te contagia, do lume que aquece os teus passos, célebres na morbidez da velocidade com que te rasgo a pele.
Serei sempre coveira dos tesouros ensolarados nas distantes eras em que as árvores se juntavam nas penumbras secas e os olhares das lunares inquietações eram infernos pequenos de tétricas letras a sangrarem dos teus lábios.
Agora, seco as fontes das ameaças e trituro-as após degolar as visitas da dor esparsa , porque sou etereamente composta de directrizes sem tempo e tenho o poder de esventrar os langores tépidos dos horizontes.
Enfrento os universos calados da espera que angustia a varanda fúnebre, estendo tapetes retalhados na fímbria das manhãs e escuto o fulgor das minhas garras a colherem alimento na simbólica arena.
R No fundo do lago
Os proscritos e os enjeitados
Rasgam manuscriptos
Sangram realezas
Vasos e oferendas são luxos insanos
Não se encontram os diabos
A luz meia ofuscada treme na chama
Os proscritos avançam e matam
Chacina na permanência o ócio
De séculos de escravidão
Dá a mão à escuridão , pois o tempo feroz que há-de vir encadeia-se nas Almas límpidas .O último esforço é ténue e satisfaz os homens, não os Imortais.
Praias obscuras como as conhecem os proscritos na sua marcha irreprimível, na candura abrasadora de uma tortura inconformada; os teus desígnios são pó que se acumula no móvel que escolhi há mais de quatrocentos anos, e até hoje não conheceste o meu nome.
Hás-de gritar pela minha fome e conhecer o pesar que agora se arroja líquido de caules milenares na parede dos lençóis vermelhos. Não! Não lhes toques…
E seguem
Os proscritos
A marcha entérica
Das águas fixas
Um espectro cadavérico, quase incendiário inclina a fronte
Banha-se na fonte sagrada e volta-se em carícias de cardos na
Extremidade de um só plano que voga precipícios calmos parados
Na parafernália quente , luzidia,áspera,
Melancolia ténue a arder lascas de fogo de milénios
Graves orientais que fendem gravuras
No lacre.
Dá-me um olhar e eu fulmino-te sem misericórdia
Nesta vida de morte podes alastrar a tua dor
Podes adulterar todo o sentido são olhos vazios que planam
Nas palavras insensatas e fúteis a serpentearem asas de morcego em fogo sulfato ácido terramoto
Pontos ilustrados fantasmagoria fulgor
Nada supõe simpatia fácil…
Tudo ordenado em desalinho assim me deleito deito-me no leito abandonado das eras, espremo laços de ramos de flores para defuntos, amarro-te à terra e desenterro o teu terror
Espera-me…das sombras renasce frio nevoeiro!
Mabon
Interioriza:
a chuva enrosca-se fogosa e tímida
nos serões amenos de sonhos adquiridos
em balsâmicas temperaturas
o caminhar envolve ternas lápides de heras sensuais em lanças brutalizadas pelo tempo
não para a dança no estremecer
das enseadas proibidas
nem o sol desenvolto se intimida na noite
que o acolhe solenemente
não estranhes esta insana celebração
nem desejes compreender
o baptismo dos mortos
caminham lestos no remoinho das flores
sagradas sacrossantas ensanguentadas
prossegue na proveniência calada e intensa
entrega ao próprio entregar a oração proscrita
lei permanente luz intangível:
MagnetikMoon 2008
You are my personal possession,
You're mine alone
You are my personal possession,
My very own.
Nobody else must kiss you but me,
Nobody else must miss you but me.
Nobody must dream of you but me,
And nobody else must love you but me.
You're my personal possession,
That's what you are.
You're my magnificent obsession,
My lucky star.
I own you exclusively,
Darling, you belong to me.
You're my personal possession,
My precious love!
(Background vocals:)
(Nobody else must kiss you but me,
Nobody else must miss you but me.
Nobody must dream of you but me)
(Nat:)
And nobody else must love you but me.
You're my personal possession,
That's what you are.
You're my magnificent obsession,
My lucky star.
I own you exclusively,
Darling, you belong to me.
You're my personal possession,
My precious love!
♏
Nat King Cole