Wednesday, April 22, 2009

Je sais:L'Âme...

Entre memórias que escaldam as arestas metabólicas...




Sinto a manhã ténue

Arranhar-me

Os sentidos

Embotados

No odor magnético

Do sono

Sinto a abóbada tremer

Em convulsões imperceptível

Uma masmorra alada

De vícios nocturnos

Moram no inferno

De um Clarão raiado

Sou o ritmo escondido na face calamitosa das ardósias pagãs, o grito sufocado nos primitivos cânticos, e das gotas de chuva que se impregnam na maresia como caudas de chitas excitadas. Não me contagiam os sabores matinais, não me ondulam na superfície profunda da virtude. Que circunda. Que se alimenta de mim e eu da sua pertinaz vontade de calar a treva sempre presente na tela das orações.

Como âncora, perpetuo a lápide nocturna que aloja na fome o sorriso escondido das madrugadas. Jamais me pergunta quando me entrego à lassidão de sentir os primeiros raios solares como a pedra resguardada de um túmulo transparente onde se alojam as iridescentes frases de um pergaminho ousado e com cheiro a papel matizado e amarrotado pelos séculos.

A única voz que se adianta nas curvas geométricas é a métrica inexistente dos quadrados organizados.

Claude Monet.The Tuilleries,1876


Friday, April 17, 2009

Celebração onírica

Foto:fonte desconhecida

Contagiam as vozes da suavidade feroz que guardas no teu olhar,as veredas da sensual carícia dos lagos, as mãos imponentes do chão que levita na temperatura.Resguardas bosques impenetráveis nas chaves,como aves de três asas a desfilarem pomposas nos retalhos de céu,buscas na permanência a quietude açucarada dos musgos e dos riachos.
Os sentidos dançam na consonância da subtileza,arpões contagiam os lagos e possuem os seios da Alma.

Wednesday, April 8, 2009

8 de Abril II


Vislumbro as asas da memória alistadas no fervor do olhar,encontro
olhos serenos dentro desse olhar tão benévolo e gratificante.
Perscruto as emoções em caixas de porcelana, tão ténues que as membranas se espelham
nas moradias das emoções.
Quando as garras se espetam nas luzes loucas dos semáforos e te encostas
ao tecto.
Silenciam os vales quando as aves luzem em alucinações gravíticas nos escombros,sabes como contactar os hemisférios.Convocação cósmica.