Esta é a música vencedora.Por todo o seu calor,força e leveza de movimentos.Pela simplicidade profunda e todo o envolvimento e sensibilidade que as Almas turbulentas transmitem.
Patricia Kaas-Et S'il Fallait Le Faire
S’il fallait le faire, j’arrêterais la terre J’éteindrais la lumière, que tu restes endormi S’il fallait pour te plaire lever des vents contraires Dans un désert sans vie, je trouverais la mer
Et s’il fallait le faire, j’arrêterais la pluie Elle fera demi-tour le reste de nos vies S’il fallait pour te plaire t’écouter chaque nuit Quand tu parles d’amour, j’en parlerais aussi
Que tu regardes encore dans le fond de mes yeux Que tu y vois encore le plus grand des grands feux Et que ta main se colle sur ma peau, où elle veut Un jour si tu t’envoles, je suivrais, si je peux
Et s’il fallait le faire, je repousserais l’hiver A grands coups de printemps et de longs matins clairs S’il fallait pour te plaire, j’arrêterais le temps Que tous tes mots d’hier restent à moi maintenant
Que je regarde encore dans le bleu de tes yeux Que tes deux mains encore se perdent dans mes cheveux Je ferai tout plus grand et si c’est trop ou peu J’aurais tort tout le temps, si c’est ça que tu veux
Je veux bien tout donner, si seul’ment tu y crois Mon cœur veut bien saigner, si seul’ment tu le vois Jusqu’à n’être plus rien que l’ombre de tes nuits Jusqu’à n’être plus rien qu’une ombre qui te suit
Entre memórias que escaldam as arestas metabólicas...
Sinto a manhã ténue
Arranhar-me
Os sentidos
Embotados
No odor magnético
Do sono
Sinto a abóbada tremer
Em convulsões imperceptível
Uma masmorra alada
De vícios nocturnos
Moram no inferno
De um Clarão raiado
Sou o ritmo escondido na face calamitosa das ardósias pagãs, o grito sufocado nos primitivos cânticos, e das gotas de chuva que se impregnam na maresia como caudas de chitas excitadas. Não me contagiam os sabores matinais, não me ondulam na superfície profunda da virtude. Que circunda. Que se alimenta de mim e eu da sua pertinaz vontade de calar a treva sempre presente na tela das orações.
Como âncora, perpetuo a lápide nocturna que aloja na fome o sorriso escondido das madrugadas. Jamais me pergunta quando me entrego à lassidão de sentir os primeiros raios solares como a pedra resguardada de um túmulo transparente onde se alojam as iridescentes frases de um pergaminho ousado e com cheiro a papel matizado e amarrotado pelos séculos.
A única voz que se adianta nas curvas geométricas é a métrica inexistente dos quadrados organizados.
Contagiam as vozes da suavidade feroz que guardas no teu olhar,as veredas da sensual carícia dos lagos, as mãos imponentes do chão que levita na temperatura.Resguardas bosques impenetráveis nas chaves,como aves de três asas a desfilarem pomposas nos retalhos de céu,buscas na permanência a quietude açucarada dos musgos e dos riachos. Os sentidos dançam na consonância da subtileza,arpões contagiam os lagos e possuem os seios da Alma.
Vislumbro as asas da memória alistadas no fervor do olhar,encontro olhos serenos dentro desse olhar tão benévolo e gratificante. Perscruto as emoções em caixas de porcelana, tão ténues que as membranas se espelham nas moradias das emoções. Quando as garras se espetam nas luzes loucas dos semáforos e te encostas ao tecto. Silenciam os vales quando as aves luzem em alucinações gravíticas nos escombros,sabes como contactar os hemisférios.Convocação cósmica.
Fecunda a ampulheta nas margens das nervuras que apertam nos musgosaromas gerando vida nas gotas de água embebidas em gazes cristalinas Fertiliza o renascer contínua corrente de seda transparente desejo
Arde na conjunção.Incendeia o vapor na multiplicação.Vibram as mesas das janelas e as tuas pestanas são alimento perpétuo. Majéstico espiar de lápides!Orações imbatíveis cruzam dependências que se tornam ornamentos de museus insidiosos. Luz, arte Antiga de meus filamentos, ruge nas alumiações e nas cadências ferventes das alturas e dos olhares trevosos!Sê minha filha hoje e sempre, sê o olhar de meus silêncios sedosos e terroríficos!
Não grites que não te faço mal, sei de cor a melodia dos mortos-vivos.Não lhes tenhas receio, são carinhosos nas suas deambulações petrificantes.Sentem-te os passos e recuperam-se nas águas , afinal as ondas levantam-se quando o céu as mortifica e as oferece em sacrifício.Arranha-as e tornar-te-ás maré.
Afinal, o som das silhuetas sabe seduzir o dia, pertence-lhe.
Movimento que satisfaz o mecanismo da Alma.Mas a Alma, reincidente no crime,avança nas torres, esvoaçando nos dorsos dos cavalos. Torna-se tão pura que as chamas não a alcançam, é a própria chama a suplicar. Todas as flores do recanto sagrado fazem vénias ao inesperado flamejar deste Abraço.
Não seria de imaginar que a luz produzisse certos efeitos frementes mas a treva foi primordial no reaproximar dos estados contíguos.As mãos que dantes temiam o fulgor estão agora unidas no Verbo.Os corações outrora atingidos por arpões estão agora a sarar nos braços de lascívias puras e de violações especiais.A Alma toca a Voz e reage a Melodia.
Dança, abóbada infernal
Nas costas de um retalho abrigo cáustico
De terras insensatas a borbulharem
Gotas ásperas de sons
Na infame reverência no aproximar
Do oceano rubro
À terra das tuas interrogações
Sabes o nome dos montes das águas
Mas evitas pronunciar o sacramento
Não sei porque te escondes
Nas miragens afogadas
Castelos incendiados em cenários serenos de lava sopram verdades intensas nas águas revoltas do olhar.Quando as luvas escamam as paredes e as fazem verter.E os céus suspiram guardas impermeáveis.Sonhos respiram nas espirais.
Rasto de sol nas lúgubres saletas.Um pingo de cera a escorrer na pele dos vidros.Um aceno majéstico que planeia lápides em sementes de húmus nos quadrilhos.
A quadrada esfera que contagia as horas.O inexistente relógio que grita e não tem clemência.Se as esferas são paralelas as águas encontram-se nos dedais.
Já não fere a tempestade.Já não esbracejam sequer os tumultos da lição.Já não sopram aos verdugos as sinetas da tortura.
Ouvem-se palmas dobradas,gritos de guerra e mantras divinos.
Regressos imaculados,filhos de uma dor santificada.
No silêncio as texturas nos patamares a escuridão visionários acordados no chão do ventre o oscilar permanente da voz indecentes no sacrilégio maior arrepia o som presente na vastidão oceânica dos louvores apertem-se as orlas para que acenem questionando-se
Não há murmurar mais belo que o de batalhas sangrentas em que a alma dos dias passados deambulará sem rumo nas cortinas que esvoaçam dentro de dentro da Alma
O alimento,devoram-no os corvos nas escarpas.Retalham feridas que embebedam langores.Secam os rios que sobem às árvores e as árvores vertem novos rios só para que grites na melodia. Agora,deixa que te diga(outra hipótese não tens),sempre que escorre lama nas pedras,é como se arrancasses a pele aos sonhos e os vivesses.
Abraço ternamente a ferradura,enlevo-me nos brados incessantes de Marte a abraçar Vénus,num resguardo do Sol vindouro.A ampulheta,feliz,joga comigo nos corrimentos,estanca e fica suspensa no encanto das minhas luzes internas.A aragem da minha Alma é suave,todas as ramagens se abraçam e se entregam nos veios. Deambulo sorrateiramente nos corredores do portal,castiçais iluminam as reentrâncias nas curvas aromáticas das minhas férreas convicções.Ternurenta,a fuligem do tempo transforma-se em óleo,aquele,a minha fragrância favorita. A dança entranhada no sangue,as faíscas imponentes da maresia,os olhares cúmplices,o toque das noites e das manhãs,estão todos aqui.Avanço rumo ao horizonte;toque de Arco-Íris.A Natureza abençoa-Me e abençoa-Te.