Tuesday, September 30, 2008

Razão da razão

Um espectro cadavérico, quase incendiário inclina a fronte

Banha-se na fonte sagrada e volta-se em carícias de cardos na

Extremidade de um só plano que voga precipícios calmos parados

Na parafernália quente , luzidia,áspera,

Melancolia ténue a arder lascas de fogo de milénios

Graves orientais que fendem gravuras

No lacre.



Friday, September 26, 2008

Po(r)ção










Dá-me um olhar e eu fulmino-te sem misericórdia

Nesta vida de morte podes alastrar a tua dor

Podes adulterar todo o sentido são olhos vazios que planam

Nas palavras insensatas e fúteis a serpentearem asas de morcego em fogo sulfato ácido terramoto

Pontos ilustrados fantasmagoria fulgor

Nada supõe simpatia fácil…

Tudo ordenado em desalinho assim me deleito deito-me no leito abandonado das eras, espremo laços de ramos de flores para defuntos, amarro-te à terra e desenterro o teu terror

Espera-me…das sombras renasce frio nevoeiro!






Monday, September 22, 2008

Mabon au portrait

Mabon

Mabon

Interioriza:

a chuva enrosca-se fogosa e tímida

nos serões amenos de sonhos adquiridos

em balsâmicas temperaturas

o caminhar envolve ternas lápides de heras sensuais em lanças brutalizadas pelo tempo

não para a dança no estremecer

das enseadas proibidas

nem o sol desenvolto se intimida na noite

que o acolhe solenemente

não estranhes esta insana celebração

nem desejes compreender

o baptismo dos mortos

caminham lestos no remoinho das flores

sagradas sacrossantas ensanguentadas

prossegue na proveniência calada e intensa

entrega ao próprio entregar a oração proscrita

lei permanente luz intangível:

MagnetikMoon 2008