
Magma de Novembro
O meu magma
As artérias compulsas a alisar
crateras desencovadas nas planícies das palavras
rudes anjos bélicos constantes na sede fervente
As espadas cruzadas na areia movediça
espelham as asas da coruja
esplêndida cereja a brotar ondas
no meu manto de vítimas
imponente suicido as luzes
entrego-te às varizes da tortura
Surpreendem os caules
que se arrastam nas amenas luas
são fantasmas alistados
na permanente solidão de sentir
o infinito
enroscado
nos olhos da serpente
que é águia real
8 comments:
Voltou com tudo... poema lindo de tão tenebroso... você me entende...
beijão!
"Tomei a decisão de fingir que todas as coisas que até então haviam entrado na minha mente não eram mais verdadeiras do que as ilusões dos meus sonhos." [René Descartes]
Excelente.
Abraços.
Magnetikmoon,
Na senda da saudosa escrita automática (da verdadeira) dos Surrealistas, uma bela série de cadeados de imagens neste "Magma de Novembro".
Beijo,
Gotik Raal
alisson:
Fúria(saudável)escorpiónica:p
gothicum:
Quando sonho e realidade são planos da mesma imagem, apenas as tonalidades variam, porque o gesto incontido está dentro da possibilidade ilimitada de reflexos.
Magnetikiss;)
A embriaguês dos sentidos, nosso olhar desfoca-se e percebe-se o todo com maior nitidez a partir da atmosfera sensorial.
Beijos.
Dobram ensaios de fulminantes ondulações, metamorfose infinita de saborear o magma de torturas. Afundam-se os Seres que necessitam brotar nas areias movediças
A solidão das planícies arrasta os anjos pela penubra...
Blood Kisses
Gotik Raal:
São os cadeados da treva que as chamas do meu Ser teimam em devorar.Sim, não é a escrita automática dos Espíritos:)
biazinha:
Os olhares desprendem faces nas pedras, e elas fervem.
DarkViolet:
Eles desencadeiam maremotos clarificadores, sossegam luzes nas estradas etéreas.
BloodTears:
Nada ultrapassa a força de um desdobrar incandescente na forma.
Magnetikisses all
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