
Sinto a manhã ténue
Arranhar-me
Os sentidos
Embotados
No odor magnético
Do sono
Sinto a abóbada tremer
Em convulsões imperceptível
Uma masmorra alada
De vícios nocturnos
Moram no inferno
De um Clarão raiado
Sou o ritmo escondido na face calamitosa das ardósias pagãs, o grito sufocado nos primitivos cânticos, e das gotas de chuva que se impregnam na maresia como caudas de chitas excitadas. Não me contagiam os sabores matinais, não me ondulam na superfície profunda da virtude. Que circunda. Que se alimenta de mim e eu da sua pertinaz vontade de calar a treva sempre presente na tela das orações.
Como âncora, perpetuo a lápide nocturna que aloja na fome o sorriso escondido das madrugadas. Jamais me pergunta quando me entrego à lassidão de sentir os primeiros raios solares como a pedra resguardada de um túmulo transparente onde se alojam as iridescentes frases de um pergaminho ousado e com cheiro a papel matizado e amarrotado pelos séculos.
A única voz que se adianta nas curvas geométricas é a métrica inexistente dos quadrados organizados.